A passagem de Lula pela Paraíba, entre tantos temas, serviu para deixar claro que o presidente estará como apoiador das candidaturas de Veneziano Vital do Rego (MDB) e do governador João Azevedo (PSB), mesmo que não consiga juntá-los numa mesma chapa.
Lula já fez questão de vir de Brasília com Vené dentro do avião, cumprindo a agenda toda ao lado dele. E nos eventos não deixou de registrar a importância do senador paraibano em defesa das pautas governistas no Congresso.
Já na Paraíba devotou toda a atenção e as mesuras para João Azevedo, a quem também direcionou vários gestos de proximidade, desde ao chamado para fotos ao pedido para o governador falar sobre a Transposição, lembrando do pedido que fez a João em 2017, em Monteiro, quando da inauguração não oficial no dia 19 de março da chegada das águas do projeto na Paraíba.
Em boa parte também, Lula faz isso porque tem informações sobre a avaliação do governo no estado e vai precisar de todo o apoio possível para sua própria reeleição.
Como são duas vagas, João e Veneziano não vão necessariamente precisar brigar por Lula como aconteceu em 2022,a na disputa pelo governo.
A grande avaliação a ser feita, no entanto, é se o apoio de Lula – e uma cola mais contundente das campanhas de ambos junto ao petista – é suficiente para os dois. E se ambos não correm o risco de verem uma candidatura apartada da questão nacional, que acabe dialogando com todo o eleitorado – e ainda resolva o estrutural – conseguindo melhor desempenho no segundo voto, ultrapassando ao menos um dos dois, como aconteceu nas eleições de 2018, por exemplo, onde o petista Luiz Couto ficou de fora na luta por uma das vagas de senador.
Por Lula, quanto mais candidatos e apoiadores, melhor. Disso, nem João nem Vené tem dúvida.