Há um movimento nos bastidores na Assembleia Legislativa da Paraíba que dá mote para muita especulação. Trata-se de um projeto de resolução que propõe mudanças no Regimento Interno da Casa a fim de assegurar eleição direta para escolha de um novo presidente da Mesa Diretora em caso de vacância definitiva do titular. Pelas regras atuais, se isso acontecer, o vice-presidente assume imediatamente à condição de presidente.
O projeto, que já conta com 14 assinaturas, defende que, neste caso, seja feita uma nova eleição para presidente. E com voto secreto.
Independentemente do debate de mérito da proposta, a primeira dúvida que essa proposta provoca é por que esse interesse de mudar o regimento neste sentido agora se não há publicamente nenhuma intenção do atual presidente Adriano Galdino em deixar o cargo? Ou há? E, de forma invertida, por que existe uma resistência para que essa mudança ocorra, já que ela não mexeria em nada na composição atual? Ou mexeria?
O fato é que as duas coisas existem. Um movimento para mudança. E um movimento contra a mudança. Sabe-se que o projeto já chegou a ter 18 assinaturas, o que exigiria apenas mais um voto para ser aprovado. E, de repente, quatro deputados retiraram seus apoios, a saber Galego de Sousa, Tovar Correia Lima, João Gonçalves e Michel Henriques.
Os deputados tentam esconder, mas está claríssimo que há alguma coisa em discussão que ainda não chegou à tribuna. Sabe-se apenas que Adriano Galdino e o atual vice-presidente da Casa, Felipe Leitão, formam uma dupla unida, como unha e carne.
E que, com certeza, não fazem parte da lista dos 14 que querem nova eleição em caso de vacância do presidente.