PT da Paraíba não está na lista de convidados para festa de 2026

Mais dividido do que prêmio de bolão, o PT da Paraíba vai entrar em 2026 vestido de figurante. Essa é a tradução da análise feita pelo menos petista dos petistas, o ex-prefeito e atual deputado estadual, Luciano Cartaxo.

Em tom do desabafo, ao analisar seu baixo desempenho na disputa pela prefeitura de João Pessoa nestas eleições, Cartaxo apontou demora para escolha do candidato e ainda dificuldade de aliança em razão da ampla coalizão conduzida pelo presidente Lula em nível nacional.

Embora somente isso não tenha sido causa de seu pífio desempenho, uma vez que o próprio Cartaxo alardeava que tinha recall por ter sido, recentemente, oito anos prefeito da Capital, a autocrítica do petista guarda algumas razões.

E elas devem ser analisadas não mais para mudar o passado, mas para projetar o futuro.

O fato é que, pelo caminhar das coisas, o PT da Paraíba vai entrar nas eleições de 2026 mais fraco do que saiu das eleições de 2024.

A divisão eterna na legenda, a polarização contra sigla e, sim, a necessidade de Lula em preservar a ampla política de alianças retira do partido aqui no estado qualquer capacidade de se apresentar forte para compor ou encabeçar uma chapa majoritária nas eleições para governador e senadores da Paraíba.

Mesmo sendo o partido do presidente da República, aqui na Paraíba o PT não tem condições de sentar na mesa do agrupamento do governador João Azevedo para pleitear uma das vagas existentes. Primeiro porque não tem unidade para isso. O primeiro a espernear contra será o ex-governador Ricardo Coutinho, seguido (ou forçado) pelo deputado federal Luiz Couto, que deverá fazer o mesmo trabalho de evitar aliança do PT com João em Brasília.

Depois, não me parece que Lula esteja disposto a comprar brigar com partidos como o PSB, o PP e o Republicanos em troca de uma vaga de senador ou vice na chapa de quem quer que seja. E, fora dessa base, a parte do PT mais oposição a João dificilmente terá como levar a legenda para lançar candidaturas próprias majoritárias. Vide o fiasco em João Pessoa, onde já governou.  Nem muito menos se juntar aos Cunha Lima ou aos candidatos bolsonaristas.

Ou seja, o PT já parte para a discussão de 2026 sem base para se colocar na mesa principal de discussões.

Quando o assunto for 2026, o PT da Paraíba, no máximo, vai direcionar suas atenções para vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal.

Na disputa majoritária, estará mais por fora do que mercadoria sem nota.

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