O presidente Jair Bolsonaro voltou dos Estados Unidos com suspeitas de ter sido mais uma vítima do surto do Coronavírus.
Mas já pode se dizer que o presidente teve um surto de sensatez. Ontem, em pronunciamento oficial em rede nacional Bolsonaro, como poucas vezes, se portou como verdadeiro chefe de uma Nação.
Para evitar aglomerações, foi extremamente sensato em pedir o cancelamento dos protestos marcados para o dia 15 em seu favor. Colocou os interesses da nação acima dos próprios interesses políticos. Óbvio que, com isso, também evita por antecipação qualquer possibilidade de público esvaziado. E antes que alguém pense que, diante de uma situação dessas, ele não poderia fazer diferente, lembremos que o estilo pouco ortodoxo de Bolsonaro supõe que ele poderia sim.
Some-se a postura quanto à manifestação do dia 15 as medidas governamentais que autorizou no sentido de mitigar os efeitos da penetração do Covid no país. Autorizou a contratação de mais seis mil médicos, a ampliação de leitos na rede hospitalar e ainda, no campo econômico, antecipou metade do décimo terceiro para aposentados e pensionistas do INSS para abril.
Bolsonaro agiu com seriedade e o governo federal tem agido como maior presteza do que fez, por exemplo, com o derramamento do óleo no litoral nordestino. Tratando o assunto com a responsabilidade que ele merece.
E, se o Brasil vencer este guerra contra o vírus, no campo da saúde e da economia, Bolsonaro pode comemorar uns pontinhos positivos a mais em sua imagem.