Ele não me disse isso. Nem em entrevista. Nem em off. Eu é que estou afirmando com base na ciência da dedução a la Sherlock Homes. Fechando o seu segundo ciclo como presidente do Tribunal de Contas do Estado, o conselheiro Nominando Diniz só precisaria deixar o cargo em dezembro de 2028. Mas quer deixar em março de 2026, alegando que precisa resolver uma questão de herança em Princesa Isabel, sua terra natal. Algo que pode ser feito mesmo ele sendo candidato ou estando como conselheiro.
Além da sua hiperatividade, é a data da saída é que coloca luz sobre o caso. A aposentadoria antecipada coincide com o prazo de desincompatibilização para quem vai disputar as eleições de 2026. Ele bem que poderia sair antes ou depois, teria mais de dois anos e meio para cuidar dessa questão de divisão das terras. Mas somente a saída no início de 2026 é que o coloca em condições de disputar uma eleição para deputado ou até mesmo na chapa majoritária, quem sabe. Em 2028, a eleição é municipal e não se encaixa no seu perfil. Esperar para 2030 é tempo demais.
Nominando tem uma longa trajetória na vida pública da Paraíba. Tem uma herança eleitoral que também precisa ser compartilhada.