Em janeiro deste ano, João Azevedo declarou no Frente a Frente da Tv Arapuan, em entrevista para este blogueiro, que Lucas Ribeiro seria o “candidato natural” à sucessão no governo caso decidisse disputar uma vaga no Senado. Cinco meses e muitas críticas dos aliados depois, eis que João Azevedo, ontem, em entrevista para Heron Cid, na TV Manaíra, adotou outra postura ao declarar que, se deixar o governo, o grupo decidirá quem será o candidato ao Governo.
Com isso, João dá outro norte ao debate da composição da chapa governista, o de que não existe norte algum. Ele simplesmente lavou as mãos, oficializando a disputa interna – e fratricida – entre os Ribeiro e o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena.
E, neste caso, com retorno da vantagem para Cícero uma vez que com a declaração o governador tirou do vice-governador aquela condição de “candidato natural” da base em caso de desincompatibilização do governador.
Se o clima já não estava dos melhores, a situação tende, portanto, a se agravar.
Só faltou o governador declarar “que comecem os jogos!” e pedir que Ronaldo Guerra acendesse a tocha olímpica para o início das competições. Competição, não. Guerra mesmo.
É claro que João vai torcer para que a situação se resolva “amigavelmente”. Pilatos também torceu para que Jesus fosse preservado da condenação. Mas, como sabemos, não decidiu. Deu aos outros a prerrogativa da decisão. E o povo quer sangue.
Se houver o pior, que aqui pode levar o nome de “rompimento”, o governador João Azevedo, talvez, não tenha tanto prejuízo assim. Ao contrário, corre o risco de ser disputado para compor a chapa como governador, ou na chapa de Lucas Ribeiro, que terá o governo inteiro para oferecer, ou na chapa de Cícero Lucena, que tem uma prefeitura inteira para o oferecer.
Curioso. Até bem pouco se analisava o receio do governador deixar o mandato e ficar no meio da rua sozinho. Talvez, neste cenário, em que para um candidato ao governo é importante ter João Azevedo avalizando lealdade e capacidade técnica de dar continuidade a sua exitosa gestão.
Compremos a pipoca.
Uma resposta
Com todo respeito aos demais candidatos, não podemos subestimar as oposições, o maior exemplo a eleição passada quando com o candidata à reeleição quase perde com a caneta na mão, diante do resultado das urnas temos que ter um candidato que tenha bases eleitorais forte e sólida no estado, tenha votos, seja conhecido no estado inteiro, tenha apoios dos prefeitos das lideranças e principalmente do povo e tenha serviços e obras nos municípios e esse candidato que apresenta todas essas condições se chama Hugo Motta com possibilidade e puxar e eleger os dois senadores.