Foi possível ver um pouquinho do Papa Francisco no sorriso maroto do Papa Leão XIV, escolhido e anunciado nesta quinta com novo pontífice da Igreja Católica no mundo. Mais do que o sorriso simpático, as primeiras palavras apontando para um sentimento de acolhimento e de unidade independentemente das diferenças. Rogou por uma igreja missionária, o que significa dizer uma igreja que sai dos gabinetes, muitas vezes decorados a ouro, para lugares menos favorecidos dos alimentos materiais e espirituais. Por fim, falou da paz. O Papa Francisco parecia estar ali. Morreu pedindo paz. Entre as nações, claro. Mas, inclusive, dentro das próprias casas. E, especialmente, entre irmãos cristãos, que se deixam levar pelas disputas políticas e, ultrapassando os limites, se dividem, deixam de “amar uns aos outros”. E o Papa Leão XIV, dando sinais claros de que compreende a necessidade das reconciliações com o evangelho, recomeça a caminhada do Papa Francisco ecoando o mais lindo dos chamamentos. “Que a paz esteja convosco”, repetiu Papa Leão XIV. Que Deus possa permitir que seu pontificado seja marcado por menos ataques que sofreu o Papa Francisco. Que o fanatismo político não seja terreno fértil para as mais tresloucadas das percepções de sua missão. Temos, agora, um novo Papa. Sonhemos, agora, com a verdadeira paz.