Quando se está numa guerra prolongada, levando bombardeio de tudo quanto é lado, registrando baixas a todo tempo, a melhor coisa que pode acontecer é vencer ao menos uma batalha.
Além de dar ânimo à tropa, reacendendo alguma expectativa de vitória ao final, deixa no ar a sensação que seu exército não está totalmente no caminho errado. E isso é combustível suficiente para se seguir em frente com esperança renovada.
Foi mais ou menos o que acontece com Alanna Galdino, filha do presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, nesta sexta-feira, após receber a notícia de liminar suspendendo a decisão judicial que havia barrado sua indicação à vaga de conselheira do TCE.
Foi sua primeira batalha vencida no âmbito jurídico, onde tem enfrentado questionamentos praticamente de todas as esferas.
Essa vitória, tem dois significados importantes de serem destacados. O primeiro deles é de que a decisão favorável veio somente do presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador Fred Coutinho, um homem da justiça paraibana que goza de muito respeito e conceito tanto na questão do manejo do Direito quanto na questão do exercício da ética.
O segundo foi o conteúdo do despacho. O presidente do TJ declarou com todas as letras que a simples inobservância de alguns detalhes internos no rito não pode ser caracterizado como quebra da moralidade administrativa, uma das imagens que revestem as acusações sobre a indicação de Alanna, e ainda alertou sutilmente para o risco de invasão de poderes.
Ou seja, o desembargador fez um chamamento mais para a objetividade e para o tecnicismo do que para qualquer sensação de imoralidade que a indicação possa transparecer.
Não se tem dúvida de que foi uma batalha importante para Alanna comemorar.
Mas a guerra, claro, ainda não chegou ao fim. E muitas outras batalhas deverão ser travadas até o desfecho final. Por ora, a família Galdino pôde desfrutar de um importante dia de sol em meio à tempestade de questionamentos pelo qual tem passado ultimamente.