Efraim Filho ensina que Ficha Limpa não da ré

No país do fanatismo exacerbado, onde as narrativas se vestem de acordo com as circunstâncias, nós temos a obrigação de louvar grandes ou pequenos lampejos de bom senso. Um deles veio nesta quinta, 6, do senador paraibano, Efraim Filho, presidente do União Brasil.

Ao ser questionado sobre a proposta da ala bolsonarista de reduzir de oito para dois anos o tempo da inelegibilidade de políticos enquadrados na Lei da Ficha Limpa, Efraim, que é advogado, colocou um freio e pediu cautela sobre o tema.

Deu sinais de que seria – e é – um retrocesso discutir a redução punitiva de uma lei que surgiu da sociedade por extrema necessidade de se moralizar a política no Brasil. Ora, do jeito que está não conseguiu, quanto mais reduzindo a uma mera simbologia o prazo de inelegibilidade.

Além do mérito, a proposta é indecente pela motivação. Por ora, tem como propósito principal salvar Bolsonaro para as eleições de 2026. É tão casuística que bolsonaristas que se colocam como os faróis da defesa contra corrupção no Brasil são a favor da redução. E, ao que parece, nestas circunstâncias, a esquerda, acusada pela direita de ser a fonte de toda a corrupção no mundo, deverá se posicionar contrariamente.

Efraim Filho, que não milita atualmente nem na direita nem na esquerda, mas no centrão clássico, mostrou que ainda é possível encontrar luzes numa escuridão oportunista que cerca o tema. Para ele, nem foguete nem Ficha Limpa dão ré.

 

Uma resposta

  1. EXCELENTE a manifestação do senador. É preciso frear essa sanha dos boçalnaristas em querer modificar a Lei da Ficha Limpa.
    Parabéns senador, tomará que consiga influenciar na decisão dos seis correligionários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia Mais

PSB inicia ciclo de renovação das direções com velho desafio…

Hervázio e Walber, a coragem de dizer não

Caso do ISEA: Veneziano, Pedro e Romero não vão prestar…

Sobre como Panta virou a Rainha da Inglaterra na Representação…

Diga o que quiser de Queiroga, mas não que ele…