A pior coisa do mundo é ficar com raiva de alguém por causa dos outros. Primeiro porque ter raiva já não é bom. E terceirizada, além de ruim, é burrice. O prefeito de Santa Rita, Jackson Alvino (PP), parece concordar com a tese. Seu passo por conta própria em favor da aproximação com o governador João Azevedo, nesta quarta, é uma prova disso.
Indiscutivelmente eleito por causa do apoio do ex-prefeito Emerson Panta (PP), que faz oposição ao governador, Jackson compreendeu que não fazia sentido manter o palanque eleitoral montado e perder parcerias importantes com o governo do Estado em favor de Santa Rita tão somente para cumprir um rito político.
Ao pesar a circunstância, deve ter percebido que não fazia sentido prejudicar toda uma cidade em razão de uma diferença política da qual ele mesmo não tinha motivo algum de alimentar no presente. Entendeu que para ser leal ao antecessor não precisava ser desleal as suas intenções de fazer uma boa gestão para Santa Rita.
As informações de que Emerson Panta e a ex-primeira-dama da cidade, deputada Jane Panta, não estariam permitindo que o atual prefeito pudesse escolher a cor da camisa para um dia de trabalho, certamente, sugerem que ele acelerou o processo de protagonismo. O encontro de hoje com o governador João Azevedo – sem o casal Panta – foi, certamente, o primeiro grande passo de Jackson em direção à liberdade de adotar a sua visão sobre as coisas em Santa Rita.
Ele encontrou na Granja Santana alguém parecido com ele no quesito “construção de pontes”. João Azevedo também não é afeito ao espírito beligerante da política, apostando sempre no caminho da conciliação. E, de quebra, ganha a proximidade com o prefeito da terceira maior cidade da Paraíba.
Se essa lição de hoje não for suficiente para o casal Panta, nenhuma outra será.