Na política, bater nem sempre é a melhor estratégia. Mas há quem só saiba agir assim. Seja para colher lucros ou amargar prejuízos. Dos Estados Unidos, onde se diz que a vida é mais feliz que no Brasil, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), que está licenciado do cargo para exercer com tempo seu apego à terra de Trump, detonou Hugo Motta pelo presidente da Câmara não pautar o projeto de anistia em favor dos envolvidos no 8 de janeiro. Numa entrevista, o filho de Messias declarou que Hugo age como um “esquerdista do PSol” e insinuou que ele mudou de ideia quanto ao tema após encontro com Lula e Alexandre de Moraes.
“Ele tem falado basicamente igual a um esquerdista do PSOL, falando que é contra anistia, [pela] democracia e aquelas coisas todas que estamos acostumados a ouvir da boca de Lula e de outros puxadinhos do PT”, disparou, falando que o paraibano está sendo ameaçado por Moraes.
“Hugo Motta, em bom português, está sendo ameaçado. Antes do jantar dele com Alexandre de Moraes, a opinião dele era bem clara a favor da anistia. E ele segue a linha do Arthur Lira, de jogar para o plenário os temas polêmicos, e deixa o plenário decidir”, completou.
Na entrevista,o filho do ex-presidente Bolsonaro declarou ainda que Hugo descumpriu acordo que teria feito com a bancada do PL. Em entrevistas, Hugo Motta sempre negou que havia fechado compromisso neste sentido.
Se fez ou não, agora já não mais interessa. Os ataques que tem sofrido do PL e dos bolsonaristas colocam Hugo Motta, que assumiu declaradamente dizendo que representaria o “caminho do meio do Brasil”, leia-se o Centrão, está sendo empurrado para o colo do governo Lula. E, neste caso específico, do próprio STF.
Que está vibrando com a brutalidade que os bolsonaristas estão tratando o presidente da Câmara.