As divergências dos decretos entre o Estado e a prefeitura de João Pessoa são prato cheio sim para que se fomente o azedamento da relação política entre o governador João Azevedo e o prefeito Cícero Lucena. A oposição viu nisso uma janelinha para fermentar a fumaça da discórdia. Para evitar contaminação, articuladores ligados a um e a outro caíram no início desta semana para conter o avanço do vírus da discórdia. E procuram isolar a divergência ao nível exclusivo das secretarias de saúde, limitando o caso a uma “briga de médicos”.
Destacam que aquilo que une João e Cícero é muito maior do que aquilo que desune. A junção de forças contra o avanço das candidaturas de oposição, a exemplo do grupo de Campina Grande e da base de Bolsonaro seja no Estado ou em João Pessoa, por exemplo, é um desses pontos.
Ao que parece, João e Cícero, apesar da disparidade dos decretos, iniciaram imunização contra o vírus da desavença. Um mal endêmico na política.