Reunidos neste final de semana, membros do Diretório Estadual do PT baixou uma resolução clara, com posições definidas, firmes. Seria uma peça digna de uma legenda que sabe o que quer e aonde quer chegar. Definiu que vai priorizar o debate com os partidos de esquerda que fazem o enfrentamento com o presidente Jair Bolsonaro, o que inclui aqui na Paraíba o PSB. Pontuou que o objetivo da legenda é montar uma base que afaste o que os petistas chamam de “ameaça facista” do Brasil em 2022. E reafirmou que está proibido aliança com partidos da Direita, a exemplo do PSL, do DEM, do PSDB, MDB. Tudo seria, como disse, de uma clareza e coerência impressionantes se não fosse por uma coisa: na mesma reunião, o Diretório Estadual definiu que mantém os cargos no Governo João Azevedo, que é do Cidadania – partido com um pé no projeto Bolsonaro -, quer montar base para 2020 com partidos da Direita, e não quer ver o PSB na sua frente.
Para o presidente do PT, Jackson Macedo, não é para misturar eleições com o Governo. E assim tudo fica tranquilo. O PT é esquerda na eleição. E é permissivo no Governo.
Claro que não precisaria romper ou tomar atitudes mais coerentes com o discurso antes que as decisões eleitorais sejam tomadas. Mas não dá para sustentar essas duas posições simultâneas quando começar a eleição.