Não se admite que alguém possa acusar o Republicanos de deslealdade. Ou de agir com subterfúgios para dar um eventual golpe na base governista. Ao contrário, a contar pelas declarações públicas de Adriano Galdino, e posições dos demais integrantes, o partido dá sinais claríssimos de sua posição mais de um ano antes da eleição.
E essa posição se traduz diante de uma ordem igualmente límpida: ou se curvam ao Republicanos ou o Republicanos estará na oposição, para arrebatar o governo das mãos “de si mesmo”. Com representação política invejável, o Republicanos age como quem cansou de ser apenas grande dentro projeto. Quer ser o próprio projeto.
Ao menos é o que fica claro das declarações do porta voz mais específico da legenda, o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, com sustentação genérica de Hugo Motta e dos escudeiros como Wilson Santiago e Felipe Leitão.
Perceba que não é mais um discurso sobre pesquisas, importância de construir unidade nem defender um legado.
Claramente, o exército republicano marcha em linha de batalha, carregando as armas, se utilizando da própria estrutura governamental, dentro do quartel governista – até quando puder, inclusive – enquanto que os demais aliados assistem a tudo com uma passividade digna de ovelhas imoladas. Algo que beira a cumplicidade.
Mas sem surpresa.
Então, se alguém vai enganar alguém nesta história, só pode ser entre os membros do próprio Republicanos. O partido mesmo já demonstrou claramente seu planejamento, aceite quem quiser aceitar, ensinando a toda Paraíba como é que se adota a forma mais leal de trair.