Assim como todo petista que se preze, para o qual a prioridade de 2026 é a reeleição de Lula, para todo bolsonarista raiz, o projeto principal do PL é a volta de Bolsonaro ao poder a partir das próximas eleições. Essa é a tese que inspira o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a declarar publicamente que o PL estará pronto para defender a candidatura ao governo do Estado para quem garantir palanque para Bolsonaro em 2026.
Quando digo Bolsonaro leia-se ou o próprio ex-presidente, que ainda segue inelegível, ou alguém, provavelmente com o seu sobrenome, que ele indicar.
A garantia de Queiroga, que foi para o segundo na eleição passada na disputa pela prefeitura de João Pessoa, no entanto, vale para qualquer nome do jogo político na Paraíba, esteja ele na oposição ou (ainda) na base governista. Claramente, ele cita o senador Efraim Filho (UB), que pretende ser candidato ao governo pela oposição, mas em nível nacional está numa legenda que dá apoio a Lula. “E até Lucas Ribeiro”, disparou Queiroga em contato com o blog, se referindo ao vice-governador do Estado, que é do Progressista, partido do Centrão no Congresso Nacional.
“O apoio vale para quem garantir palanque para Bolsonaro”, afirmou o ex-ministro, que esta semana declarou em entrevista que se nenhuma das candidaturas vestir claramente a camisa de Bolsonaro, ele próprio estará pronto para se colocar na disputa como candidato ao governo da Paraíba em 2026.
Para não dizer que as garantias do ex-ministro da Saúde não possuem contra indicação alguma. Ele registrou apenas uma: o candidato ao governo que apóie Bolsonaro não pode aceitar o governador João Azevedo nem o prefeito Cícero Lucena em seu palanque. Restrição que limita um pouco mais a abrangência da aliança.