Omissão, o verdadeiro vírus que vem da África

Ômicron significa a décima quinta letra do alfabeto grego. Foi o nome escolhido para a nova variante do Coronavírus descoberta na Àfrica, um continente imenso onde menos de 7% de toda a população chegou a ter acesso a duas doses das vacinas autorizadas pelas instituições internacionais.

Poderia muito bem, portanto, ser chamada de Omissão.

Na guerra inicial por vacinas, viu-se aquilo que é natural do ser humano: os mais fortes se sobrepondo aos mais fracos em busca de sobrevivência.

Diante da condição humana, nada há de se espantar que os países mais ricos, até para vacinar os mais pobres de suas nações, tomassem para si a luta nacionalista. Até lógico, neste sentido.

O que me chocou foi a falta de racionalidade das nações em abandonar continentes diante de um pandemia, na qual um vírus, por mais barreiras que se imponha, já demonstrou que não tem fronteiras.

Parecia óbvio que depois da primeira investida no próprio país seria preciso uma força tarefa para que a imunização pudesse atingir o mínimo de equidade. Se não por bondade, solidariedade, humanidade, que fosse por estratégia.

Mas a ausência de tudo isso também cega.

Na África, faltam seringas, equipamentos para armazenamento de doses, e a própria vacina. Até ela chegar perto da média de imunização mundial ainda haverá terreno para inúmeras variantes.

Infelizmente, só uma coisa não muda: a nossa incapacidade de sermos verdadeiramente empáticos.

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