O novo tempo da Fiep-PB e a crença de que politicagem não é matéria prima pra indústria

Antes de trazer Geraldo Alckimin para uma palestra nesta sexta em Campina Grande, o presidente da Federação das Indústrias da Paraíba, Cassiano Pereira, já havia colocado diante dos industriais paraibanos o presidente do Banco do Nordeste, ex-governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que apresentou pessoalmente todas as possibilidades de parceria financeira com a instituição.

É que desde que assumiu a presidência da entidade há pouco mais de um ano, Cassiano tem mostrado uma capacidade de articulação que tirou a Fiep-PB do tédio, e das disputas internas, quebrando um jejum de anos – para não dizer décadas – período pelo qual, especialmente no final, passou a ser marcado por uma gestão voltada para os gestores.

Em sentido inverso, o novo presidente da entidade parece ter adotado um lema que tem agradado aos associados. Menos federação e mais indústria.

Não por menos, além de explorar ao máximo relações e aproximar figuras como Paulo Câmara e Geraldo Alckimin do segmento, rodou a Paraíba visitando pessoalmente donos de indústrias, sem olhar para quem votou em quem na eleição da entidade, a fim de identificar in loco a vocação industrial do nosso estado e, naturalmente, fortalecer as diretrizes de como a Fiep pode contribuir com cada um de seus federados.

Tem metas ambiciosas de ajudar a elevar em 4% a produção industrial junto ao PIB da Paraíba.

Como sabe que, além de crédito na praça, o industrial quer amenizar o peso de suas obrigações tributárias para pode voar mais longe, apostou na articulação junto ao governador João Azevedo e conseguiu arrancar a assinatura de uma medida provisória que garantiu um Refis industrial, assegurando o parcelamento e redução dos acréscimos de dívidas junto ao ICMS até 2024.

O mais importante a destacar é que o novo presidente da Fiep-PB tem feito tudo isso ignorando as questões e diferenças políticas que marcam um estado como a Paraíba e um país como o Brasil.

Tanto na abertura de portas junto a representantes do Governo Lula quanto do Governo João Azevedo, Cassiano entendeu que é preciso consolidar relações em favor de conquista para indústrias, independentemente das preferências partidárias e ideológicas de cada um.

E olhe que é um campinense nato, cuja discussão política tende a separar o joio do trigo já na raiz, levando, muitas vezes, a um isolamento institucional pouco produtivo.

Neste sentido, não quer saber se o industrial paraibano é bolsonarista ou não. Se vota em João Azevedo para Senador ou se, ao contrário, é um fã dos Cunha Lima.

Ele quer é que cada um deles possa chegar ao final do ano, tendo produzido mais com um custo menor, aumentando naturalmente sua lucratividade, gerando oportunidade de emprego e renda para a população e colaborando com o desenvolvimento da economia paraibana.

Neste ponto, avança para o seu segundo ciclo à frente da Fiep-PB no caminho certo, marcando um novo tempo da entidade na Paraíba.

E dando início a uma nova revolução.

Uma resposta

  1. Um comentário bem interessante e fundamentado no setor produtivo da Paraiba que alavanca nosso economia.

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