Com um sorriso no rosto, o ex-ministro Marcelo Queiroga deu um recado bem estranho ao seu companheiro de chapa, Pastor Sérgio Queiroz, durante entrevista coletiva logo após derrota na disputa pela prefeitura de João Pessoa. Com cara de bonzinho, Queiroga disse “esperamos que Sérgio venha para o PL”. Sorrisos forçados precederam o “convite(?)” que, a não ser pela amenidade da fala, pareceu-me mais uma intimação. Algo mais para “quero, quero” mesmo.
É estranho porque o PL respeitou o Novo, partido ao que Sérgio se filiou e virou embaixador, desde a pré-campanha. Adulou lideranças nacionais da legenda enquanto estavam tentando atrair o apoio do Pastor. E chegou a tirar o apoio de Bruno Cunha Lima em Campina Grande para levar para a candidatura de Arthur Bolinha, que disputou o primeiro turno na Rainha da Borborema pelo partido Novo.
Passadas as eleições, e a necessidade de ser generoso, o PL retoma a postura original das legendas que é de dar moral só a quem é de casa. Resumo: se quiser ser candidato ao Senado da República em 2026 com fundo partidário e tempo de TV, Sérgio Queiroz tem mudar de partido. E ir para o PL. Deixar o Novo para evitar velhos problemas como teve em 2022, quando, mesmo aliado de Bolsonaro, viu surgir diante de si a candidatura de Bruno Roberto, do PL.
O jogo é bruto. Nada de novo.