Lucas e o árduo desafio de convencer que não perpetuará o sobrenome

Quando escrevi aqui um artigo apontando que a vaga de vice-governador numa eventual chapa encabeçada por Lucas Ribeiro (PP) seria seu grande trunfo para atrair aliados, deixei passar o nível altíssimo de desconfiança por parte da classe política.

De fato, a vaga de vice de Lucas, em assumindo o governo, é sim bem atraente uma vez que ele, caso reeleito em 2026, não poderia ser mais candidato em 2030 e, naturalmente, trabalhasse para se desincompatibilizar e ser candidato, abrindo a vaga de governador para seu vice, assim como João Azevedo deve fazer agora.

Porém, no estado das oligarquias histórica, a coisa mais difícil do mundo é demonstrar que nem sempre a família estará na prioridade quando o assunto é política. A aí veio a tese de que Lucas Ribeiro governador eleito, em 2030, estaria pronto para fazer Aguinaldo Ribeiro, seu tio, candidato “natural” à sucessão.

E isso transforma o trunfo em obstáculo. Porque o desafio de Lucas Ribeiro, terceira geração de uma família de políticos, é demonstrar que isso não vai acontecer. Mas como? Se nem a lei proíbe.

Ele pode argumentar que, novo do jeito que é, não vai se aposentar da política em 2030, quando terá apenas 40 anos. O que é bem verdade. Mas não é sobre ser ou não ser. É sobre parecer ser.

Neste caso, tem-se a necessidade de deixar provado que não acontecerá. Aí é que reside o maior desafio. Que estou curioso para saber como os estrategistas vão procurar atenuar.

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