Em seu livro Nexus, Harari deixa claro que o perigo não está no fato de que a IA vai acabar com a raça humana. Mas das nações, comandadas pela raça humana, se sentindo mais poderosas com o uso da IA, desejarem extinguir umas as outras. O que dá no mesmo uma vez que, como registra o próprio escritor na mesma obra, nós ficamos mais inteligentes com o avanço da tecnologia, mas não ficamos mais sábios. Continuamos egoístas, egocêntricos, xenófobos, insensíveis, e provocando guerras, divisões e injustiças.
Por isso a importância de se estimular o uso consciente da Inteligência Artificial, criando um ambiente de expansão ao mesmo tempo que asseguremos nossa própria segurança. Daí a importância da relatoria do projeto que servirá do marco civil da IA no Brasil nas mãos do paraibano Aguinaldo Ribeiro. Ele que já foi relator da Reforma Tributária, colocando o Brasil no futuro da legislação tributária, ou seja, transformou algo velho em novo, agora se prepara para pegar uma coisa que é nova para torná-la comum.
Por trás do mérito da relatoria, no entanto, esconde-se um bit de política que nem o chatgpt é capaz de identificar. Ao menos não antes de ler este texto, provavelmente escrito por um humano, que vem a ser o signatário deste blog. Em poucos dias, o paraibano Hugo Motta, presidente da Câmara Federal, presenteou o PP com duas importantes relatorias. Deu a isenção do IR para Arthur Lira (AL) e agora a IA para Aguinaldo Ribeiro, seu conterrâneo. O Centrão cada vez mais, portanto, colocando literalmente o pingo nos Is no Congresso.
E, no caso da Paraíba, consolidando uma afinação entre Hugo e Aguinaldo que até os robôs se comoverão.