Adriano Galdino leu o Príncipe, de Maquiavel. Leu não. Devorou. Se não, pode ter certeza que é o estereótipo muito aproximado do governante pintado pelo pai do realismo político. Porque existe uma diferença entre ter poder e exercer o poder. Galdino exerce. Ao confirmar uma de suas filhas, a advogada Allana Galdino, como a única indicada para vaga de conselheira do Tribunal de Contas do Estado e com apoio de praticamente toda a Casa, depois de tanto disse me disse, o presidente da Assembleia revela que o poder é apenas uma oportunidade para se conquistar mais poder. Já havia demonstrado isso nas suas eleições e reeleições. E nesta toada é capaz de indicar as duas outras vagas a serem abertas, uma do conselheiro Fernando Catão em outubro deste ano e a outra no início do próximo ano, com a antecipação da aposentadoria do conselheiro Nominando Diniz.
O nome de Allana já será submetido à votação na próxima terça. Aprovada pelo TCE, será a primeira mulher a compor a Corte de Contas em toda a existência do órgão.