Ainda sem saber quem vai ser o que no jogo do bicho, a oposição na Paraíba deu uma demonstração de disposição para unidade ao se reunir em descontraído encontro de final de ano.
Coisa que a base do governo (ainda) não fez, por exemplo.
Tudo bem que a confraternização de Natal no apartamento do senador Efraim Filho, presidente do União Brasil na Paraíba, não teve a pretensão de ser definitiva quanto aos passos de 2026. Mas, devido ao quórum, serviu para dar vários sinais.
O primeiro deles dizer que a oposição existe. Quem acompanha Assembleia Legislativa e a atuação da bancada federal paraibana, salvo algumas exceções de esforço individual, dá até a impressão que não existe.
Em segundo lugar, mostrou que, em existindo, eles tem abertura para estarem juntos, ao menos até que chegue a hora de definir quem quer o quê nos lugares da chapa.
E, em terceiro lugar, que o senador Efraim Filho, habilmente, está puxando para si a responsabilidade de conduzir, ao menos, os primeiros movimentos deste grupo, que tem interesses individuais pouco nítidos, mas convergem na retirada do poder do grupo que está sob o guarda chuva do governador João Azevedo (PSB).
Neste ponto, o senador acerta, colocando dentro de seu terreno o senador Veneziano Vital do Rego (MDB), o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, e os deputados federais Romero Rodrigues (Podemos), Ruy Carneiro (Podemos), Cabo Gilberto (PL), o ex-deputado Pedro Cunha Lima, além da bancada oposicionista na Assembleia, e de quebra o ex-senador Cássio Cunha Lima, que já da sinais que é candidato em 2026, a não ser que tenha sido chamado para fazer o churrasco da confraternização.
Faltaram Marcelo Queiroga (PL) e Sérgio Queiroz (Novo), que foram para o segundo turno das eleições em João Pessoa. Não porque não tenham mandato, visto que Cássio e Pedro também não tem.
Mas, no geral, Efraim Filho fecha 2024 e entra no ano novo no lugar que pretende estar em 2026, na cabeça do foguete.