A promotora de Justiça, Adriana França, toma posse nesta terça-feira, 14, na presidência da Associação Paraibana do Ministério Público. A última vez que uma mulher esteve à frente da APMP foi há 27 anos com Janete Ismael, que chegou a Procuradora Geral de Justiça. A ascensão de Adriana França ao cargo sem disputa é fruto de um cenário de unidade que o MP vivencia há alguns anos. Seu antecessor no cargo, atual presidente da APMP, Leonardo Quintans, foi reconduzido ao cargo há dois anos também por aclamação.
A alternância sem disputa que tem marcado a sucessão na Associação é um sinal de que, do ponto de vista dos anseios da classe, há uma convergência maior dentro de uma categoria que já viveu, em décadas atrás, num enfrentamento interno mais evidente. É óbvio que há discordâncias e divergências entre seus membros até porque a autonomia funcional impõe atuações distintas. Mas, no geral, a categoria atingiu um nível de atuação que tem se refletido em unidade até mesmo na eleição para Procurador Geral de Justiça, onde a recondução do atual PGJ, Antônio Hortêncio, também praticamente não registrou disputa.
É neste clima que a nova presidente da AMPPB assume o cargo. E também é neste clima que Leonardo Quintans encerra sua missão à frente da entidade – sobre a qual responde como presidente desde 2021 – pavimentando o caminho para outras jornadas igualmente consensuais.