Pedro quer prazo, mas egocentrismo na oposição é inimigo do calendário

O ex-deputado federal e ex-candidato ao governo da Paraíba, Pedro Cunha Lima (PSDB), revelou desejo de que a oposição não cometa o mesmo erro do passado e não demore para escolher e lançar um candidato ao governo para as eleições de 2026.

Ele sabe muito quanto custa esse erro porque sentiu na pele o efeito dessa decisão tardia em 2022, quando esperou muito até que Romero Rodrigues declinasse da candidatura.

“Já disse que se evitarmos os erros que cometemos vamos ganhar as eleições”, declarou, repetindo, segundo ele, uma frase que tem dito diretamente aos seus aliados nos churrascos da oposição.

Para Pedro, portanto, o limite seria outubro de 2025, ou seja, um ano antes das próximas eleições. Candidatíssimo, o tucano está certo. O problema é que, igual a ele, vários outros nomes oposicionistas sonham com a possibilidade de disputar o governo e arrebatar a chefia do Poder Executivo das mãos do grupo que hoje está no poder. E, neste sentido, não estão nem um poucos dispostos a abrir mão de suas pretensões antecipadamente.

Traduzindo: Efraim Filho, Bruno Cunha Lima, Romero Rodrigues, além do espaço a ser reservado para atrair o Republicanos, escondem desejos e estratégias que não facilitam uma pacificação antecipada.

Aliás, Efraim já chegou a dizer em entrevista que primeiro é importante que a oposição fique sabendo qual é composição da base governista, o que arrastaria o caso para, no mínimo, abril de 2026.

O individualismo é inimigo do calendário. Muitos interesses individuais impedem o altruísmo e abnegação. E isso atrasa qualquer decisão.

Sendo assim, é muito provável que Pedro conviva em mais uma eleição com a necessidade de exercitar a paciência, esperando e discutindo o tema até os 45 minutos do segundo tempo.

O que provoca a impaciência até entre aqueles que tem idade de sobra para esperar…

 

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