Galdino supera susto e resolve tirar as amígdalas que engasgavam segundo biênio

Quem sempre teve crises fáceis de amigdalite, como eu, sabe que pode viver com elas pela vida inteira, sofrendo vez por outra com uma inflamação, ou criar coragem e resolver tirar as amígdalas numa cirurgia acabando para sempre com essa agonia.

O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino, convivia com esse incômodo na garganta desde que, antecipando a eleição da Mesa Diretora, foi eleito para o cargo no primeiro e segundo biênios desta atual legislatura.

Vez por outra, o assunto da ilegitimidade da antecipação e necessidade de uma nova eleição voltava a tona e Galdino perdia um pouco o sono.

Eram as pequenas crises. Numa delas, mais pesada, uma ação movida pelo PSDB foi parar no Supremo Tribunal Federal acusando claramente de inconstitucional a antecipação da Mesa na Assembleia da Paraíba e pedindo anulação.

Galdino agiu rápido. O PSDB retirou a ação falando que houve um “erro”. E até hoje não se a autoria da ação foi causada por uma bactéria ou por um vírus.

Passado esse susto, Galdino mais recente se deparou com a mais forte das recaídas. Decisão do Supremo Tribunal Federal para derrubar a antecipação da eleição na Assembleia Legislativa de Pernambuco com base na tese da inconstitucionalidade que cabe como uma luva no caso da Paraíba.

Aí, foi febre geral.

A doença estava se alastrando. O Supremo avançou com o tema e foi formando maioria para casos semelhantes em outros estados. E, finalmente, a Procuradoria Geral da República disse que a Paraíba precisaria sofrer a mesma dor.

Galdino, que sempre conduziu com muita habilidade do apoio dos pares na Assembleia, pulou da cama e resolveu agir. Decidiu tirar as amígdalas para sempre.

Aprovou por unanimidade alteração do Regimento Interno e convocou novas eleições para a próxima terça-feira. Será “reeleito”, certamente, sem problemas. Tem a Assembleia na mão e os argumentos na garganta.

Nenhum dos seus “aliados” nem seus “adversários” tem vontade ou força para dificultar sua reeleição.

Uma “cirurgia” que já poderia ter sido feita antes, mas que não era necessária porque as crises duravam pouquíssimo tempo.

Agora, a partir da próxima terça-feira, Galdino poderá concluir normalmente seu mandato de presidente da Assembleia. E dar continuidade às perspectivas de ascensão em 2026. Sem se engasgar mais diante desse assunto. Será grato ao STF por isso.

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