A reeleição de Cícero Lucena (PP) em João Pessoa foi, como dizem os letrados,uma vitória maiúscula. Por pouco, não levou no primeiro turno. E, no segundo turno, reafirmou quantitativamente sua superioridade eleitoral, mesmo tendo enfrentado operações sob acusação de aliciamento violento de eleitores.
Com isso, além do direito há mais quatro anos administrando João Pessoa, Cícero ganhou o passaporte para discutir junto à base política do governador João Azevedo (PSB) participação na chapa majoritária de 2026. Assim, além do PSB, do Progressista e do Republicanos, Cícero Lucena representao “quarto poder” dentro desse agrupamento.
E ele não esconde esse entendimento. Tanto que, quando questionado, não descarta por completo a tese de disputar as eleições de 2026. E, mesmo não sendo o único do grupo sem um partido político, possui uma moeda de troca valiosíssima: a própria prefeitura de João Pessoa.
Não sendo o próprio Cícero, a família Lucena nutre a expectativa de poder encaixar o deputado federal Mersinho Lucena (PP), filho do prefeito, como candidato ao Senado dentro das inúmeras possibilidades para montagem da chapa. Em entrevistas, Mersinho também já não esconde estas pretensões.
A possibilidade de oferecer ao PSB o retorno à gestão e ainda o controle administrativo e político em João Pessoa, o maior colégio eleitoral da Paraíba, faz da família Lucena um grupo dentro do grupo que busca espaços para 2026. Não vou nem mencionar o alinhamento político que os Lucena tem com a nova gestão em Cabedelo, onde também formaram linha de combate. Portanto, se conseguirem se manter blindados frente aos eventuais efeitos das ações judiciais decorrentes das eleições, chegarão nas próximas eleições com o crachá de diretoria.
Neste sentido, a construção dessa chapa situacionista não estará resumida a indicação do PSB, do PP e do Republicanos. Mas sim, e principalmente, do agrupamento “Lucena”, que já deixou claro aos aliados que quem gosta de ficar na arquibancada é vendedor de pipoca.
Jogador gosta é de entrar em campo.
