Não é interessante semear discórdia. Especialmente em tempos de Semana Santa, que já tem um Judas para chamar de seu. Mas ao analisar o atual momento em que se encontram as movimentações das lideranças que compõem o bloco governista, no mínimo, podemos dizer que eles estão a cada dia apertando o nó que será difícil de desatar para 2026.
Praticamente todos, em maior ou menor grau, já colocaram publicamente suas intenções. E elas são muitas. E algumas vezes conflitantes. Internamente, idem. Que cada grupo que forma o bloco total tem pedido ao outro não tem ajudado no desenrolar do nó. Ao contrário, como dissemos, só aumenta.
São muitas, mas a “candidatura” de Cícero Lucena (PP), por exemplo, que agora está embalado em visita pelo interior, montando num cavalo que não tem sela, poderá ser sinônimo de, no mínimo, constrangimento lá na frente. Ora, se o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) é um “candidato natural à reeleição”, com cravou Aguinaldo Ribeiro (PP), porque Cícero não está esperando João Azevedo se decidir para tomar posição.
Do jeito que vai, agarrado na crina do cavalo sem sela, Cícero, que é um bípede sem partido, vai somando pontos nas pesquisas eleitorais e pode chegar em abril de 2026 num tamanho que dificulte a “retirada da candidatura”.
Diante do “governador Lucas Ribeiro”, que até agora não pode fazer muita coisa pois está um pouco amarrado devido à indefinição do grupo, na hipótese de João sair para ser candidato ao Senado, o cavalo de Cícero para? Ou vai dar coice na aliança e seguir em frente?
São perguntas que faço agora para que elas não precisem ser repetidas lá na frente.
Aguinaldo Ribeiro, inclusive, no Frente a Frente, da TV Arapuan, lembrou por cima o compromisso que todos tiveram com Cícero Lucena em 2020 e 2024.
Na política, no entanto, cavalo dado não vê passado…
