O evento de filiação do deputado estadual Felipe Leitão no Republicanos pareceu mais uma “convenção” do partido. Não apenas pela presença de todas as lideranças da legenda, que são muitas, inclusive, a começar pelo presidente da Câmara Federal, Hugo Motta, e pelo presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino.
Mas pelo tom do discurso que Hugo Motta imprimiu, quase sem voz, aos gritos falando em “protagonismo” e dizendo que o partido não aceitará ser “coadjuvante”. Especialmente porque a fala fecha uma semana que foi aberta com Galdino cravando que o Republicanos quer e tem direito de ocupar a cabeça da chapa governista lançando o candidato ao governo.
Quem ouviu Hugo no evento de hoje saiu se perguntando qual o motivo de tanta “indignação”, e ainda para quem o líder do Republicanos na Paraíba estava mandando seu recado. Especialmente diante da ausência de lideranças do PSB do governador João Azevedo e da família Ribeiro, do PP, no evento.
Por que Hugo achou que havia necessidade de dizer que a legenda rechaçaria ser coadjuvante ? Aliás, o que é ser coadjuvante para o Republicanos? É não ter espaço algum na chapa ou ser “apenas” candidato ao Senado ou a vice-governador?
São muitas perguntas e poucas respostas. Principalmente se forem direcionadas a Hugo Motta, que é talentoso em não deixar à mostra seus verdadeiros sentimentos e planos.