Numa entrevista dinâmica ao jornalista Clilson Júnior, no Clickpb, o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, revelou que está disposto a topar o desafio de segurar o fôlego um pouco mais sem respirar até que precise sair debaixo d´água para voltar à superfície. Disse que vai esperar até dezembro para tentar atingir a casa dos 20% de intenção de votos na pesquisa. Se conseguir, não abre “nem para o Papa Leão”.
O sacrifício de Galdino, por ora, teria mais o PT como endereço. Uma vez que nem a base governista, incluindo o Republicanos, nem a oposição se sensibilizaram com suas pretensões. O problema é que o timing do PT não bate com o de Galdino, por mais que ele se coloque “como o único candidato ao governo de Lula”. É que o partido só atua mediante o sim da cúpula nacional, especialmente do presidente Lula, que, certamente, não fará escolhas antecipadas e únicas.
Lula trabalha na tese de que quanto mais candidatos e aliados tiver nos estados melhor para a sua reeleição. E Galdino não tem como sustentar sozinho tudo isso até à eleição.
Por isso, o foco do presidente da Assembleia no potencial eleitoral, a fim de que ele possa, efetivamente, ficar mais atraente aos olhos dos companheiros. E, dada as condições a ele impostas, pode-se até se dizer que ele, realmente, tem conseguido mais do que qualquer um na sua situação conseguiria.
O desafio é que os demais players da disputa estão se armando em palanques outros, sobrando para Galdino poucas opções de junção.
Daí sua luta heroica por se manter candidato à espera de um milagre até dezembro. Quem sabe pelas mãos do novo Papa…