Aguinaldo Ribeiro não teria esticado a corda que esticou ontem se não tivesse conversado com o governador João Azevedo antes. Conversou. E sentiu que estava sim no momento de dizer suas verdades na relação com Cícero Lucena.
Engenheiro com especialização em apagar incêndios, o governador João Azevedo, no entanto, preferiu o caminho do meio ao tratar publicamente das declarações do presidente do PP em relação ao prefeito de João Pessoa.
Não reforçou a cobrança de Aguinaldo. Nem defendeu Cícero. E, no café da manhã desta quarta com os deputados, falou em “construção da unidade” e na crença que ainda vai ver todos juntos. Quis esfriar tudo.
No privado, deve ter outro discurso. Mas, por ora, preferiu dizer que não vai quebrar pontes com ninguém, talvez imaginando que todo candidato ao Senado precisa é de amigos e não de rompimentos.
Embora remotíssima, pode ser que João consiga a tal sonhada unidade la prá frente. Se não, por mais que adie, vai ter que um dia ser obrigado a descer do muro e apontar caminhos.
A não ser que tenha aprendido com Efraim Filho que é possível estar numa chapa e ser apoiada por outra.