Esperei o final de semana inteiro para alguém escrever. Como ninguém fez, registro eu. O governador João Azevedo mudou completamente seu discurso em relação ao voto de Cícero Lucena a sua candidatura ao Senado. Certamente foi convencido sobre isso. Antes, o que se apresentava como descrédito e até veto, foi ajustado para um “não tenho problema nenhum com isso”.
Ao responder pergunta do jornalista Bruno Lira, no evento do Prêmio Band Cidades Excelentes, na última sexta-feira, o governador aceitou o voto e até justificou: “Fará isso por conta de tudo que nós fizemos pela cidade de João Pessoa e pelo Estado da Paraíba”. Na fala, acrescentou que esse voto “deveria ser na chapa inteira”. Deveria, mas não sendo, João não impôs mais vetos. Porta aberta para o vice-prefeito Léo Bezerra.
Coincidentemente ou não, fez a fala dias depois de Cícero Lucena aparecer em entrevista abandonar a tese do voto em João. Talvez João tenha percebido que não será possível ser tão matemático quanto gostaria de ser na questão do voto fechado na chapa inteira.
E, sendo assim, compreendido que elogio e voto são duas coisas difíceis de rejeitar.
