Não precisa ser especialista para entender a dimensão do espaço que a paraibana Michelle Ramalho alcançou no futebol brasileiro. Basta ver a foto de lançamento da chapa única de Samir Xaud à presidência da CBF após queda do ex-presidente Ednaldo Rodrigues.
Exatos vinte homens enfileirados na fotografia, contando com o próprio Samir, e apenas uma mulher, Michelle Ramalho furando completamente a bolha masculinizada de um esporte que só deve perder para Igreja Católica em termos de representatividade feminina em postos e cargos de direção.
A foto causa até um impacto, mas o fato de que a advogada paraibana, atual presidente da Federação Paraibana de Futebol, será a primeira mulher a ocupar uma das vice-presidências da CBF, não. É obvio que nenhuma mulher nunca havia coloca os pés tão longe.
Novo fôlego neste exato momento que o futebol brasileiro vivencia completo descrédito em seus dirigentes, na sua dinâmica de formação e, especialmente, na própria Seleção Brasileira de Futebol.
Ousada, segura no que faz e no que diz, há muito a paraibana conquistou a confiança do posto que ocupa na Paraíba e da sua atuação nacional.
Ao avançar neste sentido, serve de inspiração para quem ainda analisa existência de espaços impossíveis para as mulheres. E ainda eleva, mais uma vez, no nome da Paraíba para postos de relevância nacional, que nós pensamos que já estavam, este ano, suficientes com Hugo Motta, Vital do Rego Filho, Herman Benjamim, Carlos Vieira, Tarciana Medeiros…
Para quem conhece Michelle isso não representa o ápice. Do jeito que vai não será absurdo imaginá-la onde um dia ele disse, rindo, mas séria, onde queria chegar: na FIFA.
Você duvida ?
