Follow the Money: Dalton diz que dívida da PMCG com Help é caso pra PF

Se um recorte de poucos segundos já gerou uma repercussão enorme, imagine a entrevista na íntegra do empresário Dalton Gadelha para um podcast da Rede Ita, que foi ao ar nesta segunda-feira, inaugurando o novo produto midiático do grupo.

Na conversa com a competente jornalista Milena Sousa, o dono do hospital Help, da Unifacisa e da própria Rede Ita descreve com detalhes a relação da prefeitura de Campina Grande com o equipamento hospitalar que inaugurou recentemente. E resume: é caso para Polícia Federal.

De acordo com Dalton, a gestão de Bruno Cunha Lima deve cerca de R$ 62 milhões para o Help. A maior parte desta dívida, cerca de R$ 43 milhões, é oriunda de emendas parlamentares que foram obtidas pela prefeitura em nome do hospital.

“É carimbada, endereçada exclusivamente ao Help, tinha que ficar na conta, mas ficaram com os R$ 43 milhões no período eleitoral”, disse, alegando que chegou a ouvir do próprio prefeito “tivemos que tirar”.

Segundo Dalton, que já havia denunciado o débito há alguns meses, toda a denúncia foi feita à Justiça e ao Ministério Público Federal, que, segundo ele, pode pedir auxílio à Polícia Federal para seguir o caminho do dinheiro. “Se sabe uma coisa que o dinheiro que veio para o Help, mas não ficou na conta especial dentro do fundo municipal de saúde. E se sabe que o dinheiro foi utilizado. O MPF pode pedir à Polícia Federal para fazer o rastreamento”, declarou na entrevista.

O Help agora, segundo ele, não aceita mais que dinheiro de emendas vá para prefeitura, tendo conseguido fechar repasses diretamente para o hospital.

O empresário declarou ainda que é o governador João Azevedo, por meio de convênios, que tem salvado o Help e a saúde de Campina Grande.

Dalton é empresário respeitado. Não se tem notícia de que tenha atitudes irresponsáveis. É, inclusive, um aliado político dos Cunha Lima. Sua denúncia, portanto, difere de outras, com motivação política. Em suma, traduzindo, ele está falando em desvio de verba, precisando descobrir apenas o destino.

O povo de Campina precisa saber onde está o dinheiro do Help. Até para cobrar ser atendido por ele.

Para alguém tão eloquente como o prefeito Bruno Cunha Lima, ficar calado e evitar o confronto com Dalton não é resposta.

No máximo, um consentimento.

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