Todo mundo conhece a paixão de Campina Grande pelos seus. É um dos lugares no planeta em que o tal “nós contra eles”, fruto da nossa ancestralidade como sociedade tribal, se traduz de forma mais intensa. No entanto, a gestão de Bruno Cunha Lima chega a um nível que nem o amor por Campina perdoa.
Há um caos fiscal que se revela em atraso de pagamento de fornecedores, hospitais e até servidores públicos. Os prestadores de serviço na Saúde estão sem receber. E a coisa fica mais surpreendente com as declarações do secretário de Finanças do município, Felipe Gadelha, ter alegado que todo o dinheiro da Saúde do ano, cerca de R$ 165 milhões, já foi repassado em nove meses. E a previsão de qualquer recurso a mais para até o final do ano está depositada em emendas parlamentares.
Foi o que ele disse em entrevista à Arapuan FM, em Campina Grande.
O secretário ainda foi obrigado a falar sobre o bloqueio, por parte do Tesouro Nacional, do FPM de Campina Grande por problemas fiscais.
Você imagina uma cidade como Campina Grande, uma das mais importantes do Nordeste, atingir este nível de dificuldade administrativa.
Desse jeito, nem a xenofobia salva.