Em meio ao decisivo julgamento no Tribunal Regional Eleitoral, que pode resultar no afastamento do atual prefeito André Coutinho, a prefeitura de Cabedelo vira uma possibilidade de ascensão política para o atual presidente da Câmara Municipal, Edvaldo Neto.
Até aí, constitucionalmente falando, tudo bem, visto que seriam respeitados os trâmites dispostos em nosso ordenamento jurídico, que impõem que o chefe do poder legislativa assuma nestes casos de afastamento do chefe do poder executivo até que se realizem novas eleições.
O problema está no efeito prático de uma eventual substituição. É que se for levada em consideração a comprovação e veracidade dos processos que o atual presidente da Câmara de Cabedelo responde junto ao Tribunal de Contas do Estado a gestão municipal se reencontrará com um mar de feitos administrativos de sinais pouco republicanos.
Somente este ano, já são treze o número de denúncias de irregularidades que constam em processos analisados pelo TCE contra a gestão da Câmara de Cabedelo. O último deles é um relatório feito pela auditoria do Tribunal apontando irregularidades na contratação de empresas e aumento da verba parlamentar no Poder Legislativo municipal.
Que dilema.