A base governista resolveu recarregar. E deu mais um tempo para a paz interna. Até a própria crise ou conflito, obviamente. Da reunião desta quarta, em Brasília, não houve rompimento, mas também ninguém saiu candidato confirmado. Ao menos publicamente.
O que nos leva questionar se já resolveram tudo internamente e apenas evitaram anunciar agora ou se, efetivamente, continua tudo como antes no quartel governista, tendo servido a reunião desta quarta apenas como um interstício para o alargamento da indefinição.
As notas veiculadas nas redes sociais por cada um dos personagens, provavelmente combinadas previamente, não deixaram tantos rastros. Reafirmam a unidade. Mas não cravam nomes.
Para descobrir a verdade verdadeira, no entanto, não parece difícil. O Rei Salomão, do alto de sua sabedoria dada por Deus, ensinou há tempos que basta colocar os personagens à prova na prática. Como ele fez, por exemplo, com as duas mulheres que se diziam verdadeiramente mães de uma criança em disputa. Ao anunciar que cortaria a criança ao meio e repartiria os dois pedaços com cada uma, a mãe verdadeira se manifestou alegando que não fizesse isso, e desse a criança inteira para a impostora. Salomão descobriu a verdade.
Se, por acaso, resolveram tudo e o candidato será Lucas Ribeiro a partir da confirmação da saída de João Azevedo para disputar o Senado, basta que o vice-governador coloque o bloco na rua e ninguém reclame ou fique “magoado” com eventual preferência por parte do governador. Se alguém gritar “assim não dá”, estará se revelando.
Agora para perceber que não houve definição alguma basta acompanhar como o prefeito Cícero Lucena (PP) vai se comportar na prática. Seus movimentos é que vão dizer se a base governista apenas resolveu adiar o rompimento, e ele vai alimentar até quando puder a pretensão de ser candidato a governador escolhido pelo grupo.
De toda forma, os sorrisos registrados na fotografia após encontro deixaram tudo mais enigmático.
Ou eles estão se enganando entre si. Ou estão engando somente a nós.