É impressão minha ou o ex-governador Ricardo Coutinho está numa versão paz e amor? Não que tenha abandonado seu lado crítico, mas, ao menos nas últimas entrevistas que tem dado, percebe-se que ele tem evitado fazer o papel do “contra” dentro da base de apoio do governo Lula na Paraíba. Nem no PT nem fora dele.
Tem usado um mantra pelo qual não vai ser empecilho para a construção das alianças e das candidaturas dentro do campo de centro esquerda que estarão com o presidente nas eleições de 2026, leia-se o PT e o PSB do governador João Azevedo. Postura bem diferente do que adotou nas últimas eleições, cujos resultados não foram satisfatórios.
A estratégia parece se coadunar com seu propósito para a próxima eleição que é de ser eleito deputado federal pelo PT, o que supõe juntar gente – e voto – no lugar de espalhar. Ou seja, nesta pré-campanha, o ex-governador certamente está desejando garantir e, especialmente, recuperar votos que estão dentro do eleitorado do PT, mas que pendem para João Azevedo, e dentro do eleitorado dos próprios simpatizantes do governo do Estado.
Querendo ou não, ambos saíram do mesmo bloco político e eleitoral.
Pra ser mais específico, Ricardo já deve estar percebendo que pode – e deve – fazer uma “dobradinha” extra oficial com o governador, uma vez que há muitas lideranças, eleitores e funcionários que estão com João, mas que não teriam problemas de votar em Ricardo, uma vez que eles não disputam o mesmo cargo. Pra que brigar, então?
A mim, parece um claro “caminho de paz”, com Ricardo se fingindo de morto para, lá na frente, se bem sucedido, voltar ao estado original de enfrentamento. Mas com um mandato.
Uma resposta
Ricardo coutinho é um político nato. Não tenho dúvidas que ele será eleito deputado federal. Se vc quiser conhecer o potencial desse homem vá aos interiores e converse com a população e verás o resultado.