Para se manter no poder na Paraíba, o governo não pode errar. Óbvio assim. E agora, neste novo cenário partidário na Paraíba, além da obviedade, vale uma redundância. Agora é que governo não pode errar mesmo.
A conquista do PSD pelos Cunha Lima faz da base oposicionista na Paraíba um bloco, por ora, num conglomerado maior do que a base governista no quesito tempo de guia eleitoral e, quiçá, de fundo partidário.
E isso, claro, ajudará a oposição no enfrentamento contra o peso da estrutura dos líderes que estão na base governista. Avançaram uma casa para combater a máquina do governo do Estado, da prefeitura de João Pessoa, da Assembleia Legislativa e, especialmente, do presidente da Câmara dos Deputados.
De um lado, nesta ordem de tamanho, a oposição abocanha o apoio dos partidos União Brasil, MDB, PSD, PSDB e o Podemos. Estas duas em vias de fusão. Já a base governista conta com o PP, o Republicanos e o PSB como partidos grandes, precisando ser complementada com legenda de menor porte como o PC do B, PV, Avante e Solidariedade. Claro que tanto a oposição quanto o governo podem ser “turbinados” caso venha a fechar apoio com o PL, no caso dos oposicionistas, e o PT, no caso dos governistas, já que as duas legendas são as maiores da Câmara Federal em quantidade de cadeiras, tempo de TV e fundo partidário.
A composição da chapa majoritária e, especialmente, a escolha e unidade em torno do candidato ao governo não podem ser feitas levando em conta que o jogo está ganho e os adversários estão desarmados. Não estão.
Acertar no candidato ou fazer o candidato acertar ao ser escolhido é condição básica para 2026.