Veneziano deixa tudo em suspenso

Muitas perguntas e poucas respostas. Este o cenário mais comum diante das definições que se constroem para as eleições deste ano.

Por ora, as atenções principais voltadas para a decisão a ser tomada pelo senador Veneziano Vital do Rego. Será ou não candidato ao governo? Isso muda tudo na composição de uma chapa da esquerda, reunindo os principais adversários do governador João Azevedo. E muda tudo em relação à estratégia do governador João Azevedo, que estava apostando no reforço campinense do apoio de Romero Rodrigues. Algo que não se concretizou.

Indefinição também quanto à base bolsonarista na Paraíba. Insistirá em formar uma composição puro sangue, exclusiva, ou estará aberta para fazer uma composição mais ampla, reunindo Pedro Cunha Lima, por exemplo?

De início, pode-se atestar que Veneziano caminha para confirmar candidatura ao governo. Estará junto de nomes como o ex-governador Ricardo Coutinho e do ex-prefeito Luciano Cartaxo, com base em João Pessoa, e ainda do ex-presidente Lula. Além de ser um habilidoso político nas relações políticas e humanas, tem domínio verbal, requisito que por si só não determina vitórias, mas ajuda.

Mas nem tudo são flores para Vené. Ele vai precisar saber encaixar bem o discurso para não parecer oportunista. Afinal, esteve no governo João este tempo todo. Depois disso, brigar com Pedro Cunha Lima pelos votos de Campina Grande, especialmente, e da oposição que não vota no governador e aguarda definição das candidaturas oposicionistas para escolher um nome. A limitação para ele é que em sendo candidato da “esquerda” terá pouca margem para transitar no voto mais à direita. Base que deverá, automaticamente, migrar para Pedro, queira ele ou não.

Mas será num eventual segundo turno com João Azevedo que Veneziano teria o maior dilema. Se ele for para o segundo turno, como conquistar o apoio dos Cunha Lima, seu principal adversário em Campina? Se não for, quem irá apoiar, seus adversários em Campina ou voltar para João (impensável)?

O dilema de João se inverte no sentido de montar uma chapa sem Romero nem Veneziano que o coloque em pé de igualdade em Campina Grande. E ainda resolver o dilema da vaga do senado sem perder o apoio de Efraim Filho, do Democratas, nem do Progressista de Aguinaldo Ribeiro.

Diante de algumas perguntas, as respostas ficam suspensas até Veneziano oficializar aquilo que só ele sabe, mas que ainda não considerou o tempo de dizer.

 

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