Um pai tem dois filhos. Um vive de tirar notas boas e o outro de ostentar vermelhidão no boletim. Mas eis que chega o Natal e ambos ganham uma bicicleta de presente. O que possui desempenho escolar sofrível ainda leva, além da bicicleta, um capacete e luvas. Chateado, o filho “CDF” diz que a partir de agora não vai querer mais saber de se esforçar nos estudos.
A história é simples e ingênua. Mas é, na visão de quem está por dentro do ambiente político da Assembleia Legislativa da Paraíba, a explicação mais precisa do que aconteceu com o deputado João Bosco, que anunciou a entrega de cargos para o Governo e declarou-se independente para poder, quando desejar, se posicionar da forma que bem entender nas votações.
Leia este relato feito por um personagem da bancada governista: “O deputado João Bosco nunca foi governo completamente, mas estava inserido no processo. O problema é que ele viu casos como o de Gervásio Maia, Estela Bezerra e Cida Ramos que estão tomando a posição que estão tomando, em confronto direto com o governador no caso especial de Gervásio, e ainda sim mantém-se com tamanho desproporcional dentro do projeto. Então, ele também quer poder ter essa liberdade”.
O entendimento é de que Bosco não quer nem romper integralmente nem virar oposição. Apenas se basear na pedagogia adotada pelo governador João.