O União Brasil é líquido. Ajusta-se em qualquer lugar. É por isso que o foguete comandado pelo senador Efraim Filho na Paraíba é o objeto mais desejado entre todos os possíveis candidatos à prefeitura da Capital. O prefeito Cícero Lucena (Progressista) quer a aliança com a legenda para reeleição. Mas o deputado federal Ruy Carneiro (Podemos) oposicionista também. O ex-ministro bolsonarista, Marcelo Queiroga (PL), idem. Além do comunicador Nilvan Ferreira, que precisa de uma legenda para disputar. E até o PT se confirmar candidatura pode pleitear o apoio de Efraim Filho, colega de governo em Brasília. Com essa incrível elasticidade ideológica, a decisão sobre um destino nas eleições municipais de 2024 na Capital pelo União Brasil passará, obrigatoriamente, pela amarração em favor do partido para 2026. Traduzindo, o partido decidirá pela aliança que melhor pavimentar as pretensões majoritárias do senador Efraim Filho às eleições para governador. O União Brasil, portanto, que se ajusta a qualquer situação optará por aquele que melhor se ajustar as suas intenções.
Neste sentido, Cícero é o que tem menos chances de conquista-lo em razão da grande quantidade de aliados, incluindo ele próprio, com desejo de disputar o governo nas próximas eleições. Os demais tem uma margem um pouco mais flexível. Se usarão ou não somente o tempo dirá. E, caso ninguém use, não é improvável pensar numa candidatura própria na primeiro turno, a exemplo do que fez em 2020 com Raoni Mendes.
Diante deste cenário, inclusive, o senador Efraim Filho tem repetido aos mais próximos. “Decidiremos estrategicamente, usando a mesma inteligência política de 2022”. Inteligência e coragem.