Sobre a guerra fria entre Hugo e Aguinaldo e a necessidade de João ser ONU

Circulando no alto clero no Congresso, eles se dão bem em Brasília. Reúnem-se, conversam, e até articulam juntos. Mas todo mundo sabe que existe um jogo de aparências na relação entre os deputados federais Hugo Motta, presidente do Republicanos, e Aguinaldo Ribeiro, presidente do Progressista.

Na verdade, eles disputam os espaços na política da Paraíba do presente e do futuro, e, por isso, se estudam mutuamente, procurando esconder suas verdadeiras intenções ao tempo que procuram antecipar os movimentos um do outro. Essa guerra fria ficou chegou muito perto de eclodir na campanha. E agora se revela mais uma vez na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa da Paraíba e, simultanemante, pelos principais espaços no governo João Azevedo II.

Ficou evidente na campanha cada qual se “armando” para sentar mais forte na mesa de discussões. Aguinaldo Ribeiro partiu na frente ao firmar a aliança entre Cícero Lucena e João Azevedo, colocando a prefeitura de João Pessoa como principal ativo na relação com o governador. Hugo Motta correu para fazer uma chapa de deputados federais e estaduais de fazer inveja a qualquer partido no Brasil, relegando, inclusive, a quarto plano o PSB do próprio governador. Conseguiu elegendo as duas maiores bancadas, uma para Brasília outra para a Assembleia.

Armas na cintura, foram ao campo de batalha. Aguinaldo viu ser frustrada a sua disposição de ser candidato a Senado na chapa de João, uma vez que Hugo viu uma ameaça nisto e foi “obrigado” a revelar, sem dar uma palavra, que se incomodava com o crescimento dos Ribeiro. Antecipou apoio a Efraim Filho (União Brasil) que deu mais garantias de abrir mão de suas bases de deputado federal. O progressista escapou do movimento dando um xeque mate nos Republicanos ao indicar Lucas Ribeiro vice de João Azevedo, e forçando Hugo a “votar nele”, gostando ou não.

No segundo turno, houve nova rodada de tensão. Mísseis com bombas nucleares foram posicionados. O Republicanos ameaçou sair. Hugo Motta não suportava a tese de ter Lucas Ribeiro como governador em 2026 e ainda Daniella Ribeiro candidato à reeleição. Os Ribeiro tiveram que convencer de que na próxima eleição estadual, seja qual for o quadro, só terão uma indicação na chapa ligada a João Azevedo.

O Republicanos viu a oportunidade de barganhar mais do que isso e parece que empurrou faca no pescoço de João sobre a presidência da Assembleia Legislativa da Paraíba. E ainda botou olho em cargos estratégicos do novo governo. Aguinaldo, no entanto, nutre os mesmo sentimentos.

E essa relação de conflito disfarçado pode vir à tona brevemente.

O que exigirá do governador João Azevedo habilidade para manter esses dois fortes aliados na sua base sem que bombas atômicas sejam jogadas dentro do seu próprio território de atuação política.

Conseguirá?  A composição do governo e a eleição da Assembleia já serão dois bons testes.

 

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