Racha entre aliados, acusações e alianças improváveis: eleição na OAB/PB promete festival de ´BOs´

A eleição para presidência da OAB na Paraíba este ano dá sinais que será bem empolgante. O roteiro é clássico. Antecessor e sucessor rompem e agora se confrontam em lados opostos, enquanto a candidatura que enfrentou ambos no pleito anterior aguarda os reflexos dessa briga.

O racha de Harrison Targino, atual presidente, com o seu principal apoiador na eleição passada, ex-presidente Paulo Maia, é o assunto principal daqueles que se interessam diretamente pela eleição da Ordem. Cada qual – ou cada lado – tem uma versão sobre quem foi o responsável pelo racha e qual a melhor gestão.

As primeiras declarações dão o tom da beligerância do confronto.

Harrison falou em “projeto pessoal de poder” e falta de transparência se referindo ao ex-aliado. Maia rebateu falando em gestão “insípida” e tímida na defesa das prerrogativas da classe. E ainda acrescentou: “Transparência não é colocar gastar recursos para colocar porta de vidro no próprio gabinete. Preferi fazer salas de advogados nos ambientes de atuação da classe”.

Sem ter nada a ver com o racha, a advogada Maria Cristina Santiago, que foi a surpresa da eleição passada ao enfrentar a dupla Harrison-Paulo, e hoje está como juíza no TRE, assiste a tudo de camarote, reafirmando intenção de disputar mais uma vez a presidência da entidade. Tendo apoio, inclusive, do próprio Paulo Maia, conforme ele mesmo admitiu em entrevista ao signatário deste blog.

Se for pela matemática pura e simples, o 2 (Harrison-Paulo) a 1 (Kiu) da eleição passada tende a virar 1 a 2, e pode colocar a reeleição do atual presidente sob ameaça.

Obviamente que disputas eletivas, apesar de se resumirem em quem soma mais, levam em conta vários outros fatores, entre eles, a circunstância do momento, o nível de aprovação de gestão, o discurso que mais empolgar e por aí vai. E o instrumento da reeleição, naturalmente, favorece a quem tem a caneta e pode agir internamente além de promessas com ações.

No caso específico, além desses fatores, será necessário maturidade de Paulo Maia e Kiu para encaixarem a estratégia certa, superando eventuais vaidades. Mas é inegável que perder o apoio de Paulo Maia para Harrison é um desfalque que torna ainda mais imprevisível o resultado.

Mais inegável ainda que a entidade forte é muito importante não somente para plena atuação dos profissionais da área, mas para a garantir dos direitos dos cidadãos que a ela recorre quando necessário. E que, por isso, merece toda a atenção sob seus destinos.

E caso Paulo e Kiu, e qualquer outro nome da oposição, consigam realmente demonstrar que há por parte da atual gestão fraqueza na defesa das prerrogativas advocatícias, já será ingrediente suficiente para aumentar a ameaça sobre Harrison.

De uma forma ou de outra, já dá pra comprar pipoca e assistir à briga.

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