Não tem um pai ou mãe no mundo que, em algum momento da vida, não tenha dito ou, ao menos, pensado nesta frase. Por que as crianças não ficam quietas ? Mas isso tende a virar memória quando os filhos crescem, se tornam adultos. O caso do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, no entanto, se estendeu para além da infância. Seus filhos continuam incontroláveis. E, pior, fazendo a bagunça que sempre fazem, prejudicando o próprio pai.
Uma decisão que levou Bolsonaro para prisão preventiva na manhã deste sábado é mais uma prova de malcriação. Motivada pelo chamamento feito pelo senador Flávio Bolsonaro para que se fizesse uma vígilia foi o suficiente para o ministro Alexandre de Moraes suscitar a necessidade de manutenção da ordem pública.
Você poderá dizer de imediato que são abusivas as medidas de Moraes contra Bolsonaro. É isso que você pensa? Então, se é assim, exige-se ainda mais comportamento por parte das “crianças”. E não de arroubos que só recaem sobre as costas do pai. Porque, extrapolando ou não suas prerrogativas, o ministro espera apenas um deslize para enquadrar. Os filhos do ex-presidente c… todos os dias. Continuam xingando, batendo nas pessoas e derrubam os pratos da mesa. E deixam a bagunça para o jurídico de Bolsonaro limpar.
Nem preciso registrar a bagunça feita no caso do tarifaço, né? Dos Estados Unidos, em pleno período de julgamento no STF, Eduardo Bolsonaro se vangloriava de ser o instigador maior de um ataque ao Brasil em “favor” do pai. Quando Donaldo Trump resolveu decretar um aumento violento das tarifas contra as exportações brasileiras, e colocar numa carta que Bolsonaro foi o motivo principal, as “crianças” do ex-presidente fizeram festa. Reafirmaram a autoria da violência, como terroristas que explodem um metro e gravam vídeo depois. Resultado: medida cautelar e recolhimento do ex-presidente por obstrução de justiça, trama internacional e outras bagunças. Sem contar no presente de narrativa dada ao Lula, principal adversário do ex-presidente.
Óbvio que o ex-presidente Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão, independentemente da responsabildiade e do comportamento dos seus filhos. São atos seus, como presidente e ex-presidente. O que se destaca aqui é a “ajuda” que os “meninos” dão ao pai, durante esse processo todo.
O fato é que durante todo o processo pós fim de mandato de Bolsonaro seus filhos não deram um segundo de silêncio. O que, além de intensificar os efeitos negativos das medidas contra o pai e dar discurso político para Lula, ainda sepulta por terra a tese absurda, infantil, esdrúxula, desvairada de que “Bolsonaro será candidato porque as coisas podem mudar”.
Mudar como se as “crianças” não ficam quietas ?
O próprio ex-presidente, ao longo desse processo todo, também manteve suas derrapadas, mesmo que possamos identificar alguns raros momentos de silêncio e recolhimento (verbal).
Psicólogos dirão, portanto, que as crianças são o reflexo do exemplo paterno. Turbinadas, claro, pela testosterona da juventude.
