Brincar é o propósito de vida de toda criança. É por isso que ela desaparece e reaparece a cada instante. Some e, de repente, volta para recuperar as energias, para depois sumir de novo. A pequena Sophia, desaparecida há dias no Distrito de Roma, em Bananeiras, sumia e reaparecia várias vezes.
Sumir e não voltar, no entanto, não é mais brincadeira. É drama e dos mais aterrorizantes. Por mais esforço que se faça, só imaginando, não da para chegar nem perto da angustia da família que espera notícias da criança, diante de tantas hipóteses. É morrer por dentro todo dia o dia inteiro e ser obrigado a estar vivo para reencontrá-la. Não é dor para se suportar sozinho. É dor para sentir aos pés da cruz sob o olhar redentor de Jesus.
A melhor das hipóteses, que seria, por exemplo, ela ter se afastado muito e se perdido na mata, ainda sim é angustiante. Como ela estaria passando esses dias, que medos, dores, saudades, privações estaria passando? As piores hipóteses são arrasadoras.
Entre tantas opções, uma diz respeito ao que Bananeiras se transformou ao longo dos anos. Um local de extrema visitação, o que traz, além de tanta prosperidade, os riscos e perigos das cidades movimentadas. É preciso, portanto, crescer também na vigilância. E, neste sentido, sistemas de câmeras têm sido muito importantes para solucionar mistérios nas grandes cidades. Bananeiras e localidades de visitação turística não podem mais se dar o luxo de viverem como séculos atrás.
A pequena Sophia vive num mundo em que há maldade. Esse mundo não é bom para brincar.
Gosto de pensar em Jesus soprando no coração da mãe de Sophia o que disse a Jairo assim que este soube que sua filhinha havia morrido. “Não temas, crê somente”. A filha de Jairo estava apenas dormindo. Jesus despertou-a.