As notícias a respeito do impacto da flexibilização das medidas restritivas em razão da pandemia do Corona Vírus tem sido, ao menos até agora, estimulantes, ou, no mínimo, para os mais cautelosos, tranquilizadoras, de acordo com os gestores públicos da saúde.
Sendo assim, há de que se pensar, com os mesmos protocolos de cuidado, no avanço dos processos, especialmente sobre aqueles em que há dificuldades de adotar posturas alternativas de sobrevivência, como o setor de eventos corporativos, por exemplo.
Um segmento que está completamente parado desde março. E que amarga prejuízos e demissões sem vislumbrar apoios diretos dos poderes públicos nas esferas federal, estadual e municipal.
A informação de que o Centro de Convenções suspendeu 46 eventos este ano é de entristecer o mais entusiasta opositor do capitalismo. Um impacto considerável na economia local.
Representantes do segmento, a exemplo do consultor Wilson Martinez, idealizador da Mult Feira Brasil Mostra Brasil, que há 25 anos leva 110 mil pessoas por ano para visitação no ano, informaram que já tem todos os protocolos enviados para o Governo do Estado para liberação do evento, com direito à limitação da capacidade de pessoas, maior espaçamento dos corredores e nos stands, ausência de shows, controle de temperatura, higienização.
“Qual a diferença de uma feira como esta de um shopping e de um supermercado aberto?”, questionou.
Faz sentido. Segundo Martinez, é possível, inclusive, com câmeras, instalar stands da vigilância sanitária,
dos procons, e secretaria da saúde, para acompanhar numa sala de monitoramento eventuais desrespeitos.
“Abrir o comércio na rua é muito mais complicado de controlar”, completou Martinez. Outro apontamento com sentido.
Esperamos que encontre ouvidos.