O Brasil é diferente do resto do mundo mesmo. Ficamos no meio do caminho diante da Pandemia do CoronaVírus. Nem fomos Itália. Nem fomos Suécia. Nem resolvemos saúde, nem resolvemos economia. Ou seja, nem radicalizamos no começo, num prazo sustentável do ponto de vista sanitário e econômico, nem adotamos um modelo de convivência segura com o vírus, que evitasse a lamentável situação de fechamento de empresas e desemprego.
Se tivéssemos – União, estados, municípios, “pegado pesado” de 15 de março a 15 de abril, prazo que supõe prejuízos, mas não quebradeira. Talvez já estivéssemos pensando em reabertura segura das coisas.
Mas, repito, ficamos no meio do caminho. Mesmo produzindo um decreto oficial após o outro.
O resultado é um desastre tanto na saúde, com a explosão de contaminados, faltando leitos e profissionais, quanto na economia, com empresas fechando, quebrando, desemprego, fome. Ou seja, quanto mais os números apontam crescimento, mais fechamos comércio. O contrário também serve. Quanto mais fechamos as coisas, mais os números crescem. E o “pico” da contaminação é igual a propaganda da Sky, sempre na frente.
Se a culpa é a falta de educação da população, da falta de pulso dos governadores e dos prefeitos para fazer cumprir o que editam nos decretos, ou as divergências entre o presidente Bolsonaro e seus sucessivos ministros da Saúde, ou as três coisas juntas, não interessa.
O fato é que estamos nos arrastando para o terceiro mês de puxa encolhe com graves problemas na saúde e na economia. E sem perspectiva. Preferimos a guerra via redes sociais, ou até de rua mesmo, motivado por um extremismo político que só agrava o tema.
Um meio caminho que nos coloca numa posição tão arriscada e desconfortável quanto quem escolhe ficar na linha do trem enquanto o trem está passando.