Além de fechar a porta e jogar a chave fora em relação às OSs, o governador João Azevedo fez outra coisa na coletiva que concedeu nesta segunda, 23. Ele quebrou oficialmente a tese da continuidade (completa) da sua gestão com a do ex-governador Ricardo Coutinho. Estabeleceu um muro entre ele o governo dele e o de Ricardo. “Os governos estão separados desde 1º de janeiro de 2019. A partir daí, eu assumo, antes, quem estava é que assuma”, resumiu João.
O governador disse isso quando enfrentado por perguntas dos jornalistas sobre se comprometeu com a continuidade de alguns contratos em troca de favores na campanha. João disse que não tratou desse tema e que quando assumiu em janeiro só tomou medidas que apontavam que “neste governo não existe isso”.
É como se quisesse desligar do que passou, mesmo que tenha acontecido em seu favor. E reforçou a tese de que a separação do governo se deu na posse. Amplia, naturalmente, o fosso do rompimento com Ricardo. E antecipa por cima a base de seu discurso de defesa.