Hugo Motta e a palavra em política

Um jovem político pediu ao pai, já experimentado há muito tempo na atividade, algumas dicas para fazer sucesso na política. O velho declarou que só havia duas coisas para ser um bom político. A primeira delas é nunca, sob hipótese alguma, descumprir uma palavra empenhada. “E a segunda, pai”, quis saber o jovem. “É nunca empenhar palavra alguma”, respondeu o pai.

Brincadeiras à parte, o compromisso firmado na política é um dos mais frágeis de nossa sociedade. Trair em política, como já se disse, é uma questão de tempo. Por isso que surpreende quando um político mantém uma palavra empenhada mesmo que aquilo cause prejuízos ou atrapalhe seus planos.

Nova geração da política, embora venha das oligarquias familiares, o jovem Hugo Motta, presidente do Republicanos na Paraíba e deputado federal em franca ascensão tem mantido a palavra ao deputado federal Efraim Filho (União Brasil) de que irá apoiá-lo na disputa ao Senado, mesmo que isso gere um descompasso na relação com o governado João Azevedo (PSB), nada satisfeito em ver sua base votando em candidatos fora da chapa governista.

Recentemente, João já deu até recado declarando que vai reivindicar apoio total da base para sua chapa, “quando ela for fechada”. Mas isso nem sequer abalou Hugo Motta que continuou aparecendo ao lado de Efraim em fotos e ainda declarando publicamente a manutenção do apoio.

Até quando Hugo Motta conseguirá manter esta palavra? Será ele responsável pelo retorno da importância da “palavra empenhada” ou cometeu o incipiente equívoco de ter empenhado algo que não deveria?

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