A adesão do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino, à chapa governista, em especial à candidatura do vice-governador Lucas Ribeiro ao governo, vai muito além da simbologia que esse movimento representou.
Não trata-se apenas de demonstrar que a base se recompõe após o rompimento do prefeito Cícero Lucena, conseguindo vencer uma queda de braço com a própria oposição, que acabou valorizando ainda mais o posse de Galdino ao insinuar que ele poderia estar contra o governo.
Nem do reflexo que isso gerou para a classe política, diante da conquista – ou “reconquista” – de uma das figuras políticas mais, digamos assim, mais indomáveis do cenário político paraibano.
É na prática, ao que parece, que o reflexo do apoio de Galdino mais se desdobrará. Em menos de uma semana após o anúncio do apoio, o presidente da Assembleia demonstrou que sua decisão não foi apenas formal. E sim com objetivos de garantir resultados reais.
Alçado à condição de coordenador político, ele já se reuniu com prefeitos de sua base, com deputados e até representantes de outros segmentos, usando o “modo Galdino de trabalhar” em favor da candidatura governista.
Deu sinais claros de engajamento prático.
São vários, de dentro e de fora, os testemunhos neste sentido. Com gestos e movimentos – pequenos e grandes -, Galdino já sinalizou que entrou de corpo e alma no sim que disse no último sábado.
Se antes, enquanto ainda alimentava a tese de ser ele mesmo candidato ao governo, ele focava em atingir índices para si, sua nova meta parece apontar para que sua adesão à candidatura de Lucas Ribeiro possa refletir, na prática e nos números, o valor e a importância real de sua adesão. Sinais, portanto, de ter virado uma questão pessoal, inclusive.
Galdino, de fato, de uma forma ou de outra, nunca se permitiu ser só mais um na multidão.
E, nesta nova circunstância, parece estar longe de querer jogar parado.
